“Neste mês
de Maria,
Tão lindo mês de flores,
Queremos de Maria
Celebrar os louvores!”
Celebrar os louvores!”
Assim cantavam as crianças, na sua pureza quase
angelical, nas noites frias de maio, coroando a imagem da Virgem Maria, como a
coroou seu Filho na unidade da Trindade Santíssima.
Os tempos e os costumes mudaram e, com eles, também
nós, a nossa cultura, a nossa sociedade e já não ouvimos, senão talvez no
interior e nas pequenas comunidades, ressoar aquela melodia, aquelas vozes e a
coreografia que lembravam a corte celeste com seus anjos louvando e
reverenciando a Mãe de Deus.
De uma sociedade quase estática em que vivíamos até
a metade do século passado, passamos por crescimento populacional vertiginoso,
um desenvolvimento científico e tecnológico que somos praticamente incapazes de
acompanhar e, sobretudo, de analisar e colocar sob a égide do humano.
A filosofia e a teologia se confundem no julgamento
do que surge e que penetra profundamente em nossas vidas. Inquietos,
questionadores e independentes buscamos, nesta evolução natural da nossa
condição humana, embora cheia de acidentes, encontrar o rumo dos valores
humanos e eternos.
como é certo que, no mistério da redenção,
quando o Pai Celeste quis dela o
assentimento,
o “sim”, pelo qual se tornou Co-Redentora
–“Eis a serva do Senhor. Faça-se em mim a tua
vontade”,antecipando, em segundos, no tempo, o Filho que ao entrar no mundo disse:
“eis que venho, ó Deus, para fazer a tua vontade.”
Presença delicada, silenciosa, como nas Bodas de
Caná
–“Meu Filho, eles não têm vinho”,
no segredo da encarnação do Verbo
e também junto à cruz de Jesus.
Na Grécia, como em Roma, quando a Igreja, saída das perseguições pagãs, teve de enfrentar novo perigo, o das heresias na formulação da fé, no Concílio de Éfeso, São Cirilo de Alexandria, após a definição dogmática, pôde saúda-la e invocar: “Santa Maria, Mãe de Deus, rogai por nós!
Nas ruas de Roma, invadida pelos bárbaros, nas
esquinas, onde ainda se podem ver as imagens de Nossa Senhora, o povo a
invocava, a
”Salvação do Povo Romano”,
rezando como ainda o fazemos:
“Sob vossa proteção nos refugiamos, Santa Mãe
de Deus, não desprezeis nossas súplicas em nossa necessidades, mas
livrai-nos de todos os perigos,
ó Virgem gloriosa e bendita.”
Na Idade Média, as catedrais góticas atestam a
devoção a Maria e a gratidão do povo nas calamidades daquele tempo, enquanto
Domingos de Gusmão empunhava o rosário contra a heresia dos albigenses e Simão
Stoc colocava o escapulário do Carmo, presente de Nossa Senhora para aqueles
que recorrem à sua proteção, inclusive para passarem do purgatório para o céu,
como vemos representado em nossa Catedral Metropolitana de Juiz de Fora, na
lateral do seu altar.
Nos dias de hoje, em Lourdes e em Fátima,
mensageira do Evangelho eterno, nos lembra que saímos de Deus e a ele devemos
voltar pelo batismo e, por uma vida santa, aguardar o seu advento glorioso. O
simbolismo de cavar a terra e dela surgir a água, em Lourdes, faz-nos meditar
sobre a criação e as águas que nos renovam na graça, enquanto em Fátima, na
aridez da paisagem e no milagre do sol, nos relembra o fim último com a glória
do Cordeiro.
Maria está presente em nosso tempo.
Talvez não tanto mais na simplicidade dos
anjinhos
do mês de maio que evocamos, mas sobretudo na
certeza
de que nos dá da sua assistência neste vale de
lágrimas, às vezes semeado de alguma alegria.
A Ela invocamos, aos seus santuários acorrem
multidões nas suas necessidades e lá depositam os ex-votos de
gratidão.
Um devoto de Maria não se perde, ensina Santo
Afonso e Bernardo de Claraval nos orienta para, em todas os momentos, de
alegria e de angústia, de dificuldade e incerteza, olharmos a Estrela, chamar
por Maria – Respice Stellam. Voca Mariam.
Ela está diante de seu Filho a interceder por
nós,
Para que
sejamos dignos de herdar as suas promessas,
de vermos a Deus face a face, no resplendor do seu
Unigênito
e no amor eterno do seu Espírito.
NOSSA SENHORA APARECIDA, PADROEIRA DO BRASIL,
ROGAI POR NÓS!
ROGAI POR NÓS!
Por: DOM EURICO DOS SANTOS VELOSO
ARCEBISPO EMÉRITO DE JUIZ DE FORA, MG.
http://www.catequisar.com.br/texto/colunas/eurico/06.htm
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Olá! Muito obrigada pela visita. A Paz de Jesus e o Amor de Maria!
Abraço fraterno,
Marisa