CATEQUISTA:
UM AUTORIZADO EDUCADOR NA FÉ!
O
povo de Deus recebeu a vocação e a consagração de anunciar e
testemunhar o Evangelho. Nesta vocação comum, o
Senhor escolhe alguns para o serviço da catequese. Portanto, os
catequistas são convocados por Deus mediante a Igreja, para desempenhar a
missão evangelizadora da educação na fé.
A
fim de que estes agentes pastorais possam desempenhar de maneira
responsável e qualitativa o seu ministério, devem prestar uma particular
atenção às suas competências, entre as quais está o serviço à Palavra
de Deus e à Igreja.
A
formação integral dos catequistas, delineada no Diretório Geral para a
Catequese numa tríplice dimensão:
Ser,
saber e saber fazer,
Procura
tornar os catequistas capazes de desempenhar de forma mais consciente a
sua tarefa na comunidade eclesial.
A
finalidade destas três características educativas consiste em acompanhar
progressiva e permanentemente o agente pastoral da catequese, a fim de que
ele possa desenvolver a própria personalidade cristã, aonde confluem
os valores e a sabedoria humana, a síntese da fé e o compromisso pastoral.
Este programa didascálico comporta o conhecimento da Bíblia e da
teologia, da pedagogia e da comunicação, da liturgia e da
espiritualidade.
Tudo isto não diz respeito de maneira exclusiva a um simples
saber intelectual, mas sim a um conhecimento a nível de
testemunho, ou seja, a uma profunda experiência de
comunhão, de misericórdia e de certeza do amor de Deus, que
consiga fazer do catequista um autorizado educador na fé.
SERVIDOR
DA PALAVRA
A atitude típica do cristão consiste em praticar na sua própria existência
o projeto de vida do Mestre, expresso de forma categórica, com as
seguintes expressões:
"Com
efeito, o Filho do Homem não veio para ser servido, mas para servir e dar a sua
vida em resgate por muitos" (Mc 10, 45).
Por conseguinte, é mediante a participação no Mistério pascal de Cristo que
cada um dos batizados se une à vontade do Pai, mas de maneira ainda mais
específica aqueles que desempenham um determinado ministério no seio da
comunidade eclesial.
Consequentemente,
a espiritualidade do catequista impõe uma escuta participativa da
Palavra em ordem a uma interiorização, a um confronto e a uma
resposta existencial.
Consciente
do seu papel a desempenhar na Igreja, ele tem necessidade de uma
familiaridade com a Sagrada Escritura para acompanhar os irmãos na
intimidade com o Verbo do Pai.
Da
meditação fiel da Bíblia, como uma consequência lógica, o catequista
poderá iluminar, encorajar e instruir os catequizandos a não se
deixarem desanimar pelas dificuldades, a não se submeterem aos
critérios secularizadores, hoje predominantes na sociedade, e a não
venderem a sua dignidade de filhos de Deus.
Os
livros sagrados forjam a mente e o coração do catequista, tornando-o
capaz: do martírio, ou seja, de dar testemunho da fé, onde se
manifesta a sabedoria bíblica, porque conquista o domínio da Sagrada
Escritura; da inquietude missionária, porque adquire a
consciência do incansável zelo missionário e evangelizador de Jesus; de
caminhar no seguimento dos passos de Cristo para alcançar todas as
pessoas com amor salvífico; da caridade veemente, porque segundo o exemplo
do Senhor, se inclina diante do sofrimento do homem para dar alívio e
infundir esperança, sinais evidentes de que o seu agir constitui um eco do
novo mandamento:
“Amarás
ao Senhor, teu Deus, com todo o teu coração,
com
toda a tua alma e com toda a tua mente.”
Este
é o maior e o primeiro mandamento.
O
segundo é semelhante a este:
“Amarás
ao teu próximo como a ti mesmo”.
Destes
dois mandamentos dependem toda a Lei e os Profetas. (Mt 22, 37-40).
Da
recepção humilde e obediente da Palavra revelada, o catequista dispõe-se a
servir a comunidade eclesial para a edificar na comunhão, na diaconia e na
missionariedade.
O
ministério do catequista nasce, vive e realiza-se no seio da
Igreja; por isso, ele pode ser considerado plena e justamente
animador da comunidade eclesial, promotor da educação, da
alimentação e do amadurecimento da sua fé, além de
testemunha daquilo em que o povo de Deus acredita, daquilo que
o mesmo celebra, vive e reza.
Uma das finalidades específicas da catequese consiste em iniciar os
catecúmenos na vida comum, onde se vive a experiência
de amar e louvar a Deus, de se ajudarem uns aos outros e de
se aperfeiçoarem fraternamente, de compartilharem as tribulações e as
alegrias, de oferecerem a própria disponibilidade, tolerância, paciência e
prudência nos relacionamentos interpessoais, de tal maneira que, em
qualquer situação, a Igreja se apresente como ícone da Santíssima
Trindade.
Nesta
altura, é necessário relevar a importância do relacionamento de
colaboração entre os catequistas e os pastores, em vista de realizar
conjuntamente a programação pastoral da catequese, para que ela possa
corresponder de maneira constante à sua natureza no contexto da
missão evangelizadora da Igreja.
Por
sua vez, os pastores que se interessam sinceramente pela preparação dos
catequistas, cuidam da sua competência doutrinal e metodológica, enquanto se
dedicam à orientação espiritual e virtuosa destes agentes pastorais.
E
tudo isto, sempre para servir e edificar a Igreja de Deus,
na
certeza de que cada um dos ministérios encontra a sua gênese na confiante
chamada divina.
"Não
fostes vós que me escolhestes; fui Eu que vos escolhi a vós e que vos
destinei para irdes e dardes fruto, e que o vosso fruto
permaneça" (Jo 15, 16).
O SERVIÇO ECLESIAL À PALAVRA
Através
de uma análise da realidade social contemporânea, evidencia-se o afastamento de
tantos batizados da Igreja, porque os valores que no passado orientavam
o comportamento humano, atualmente são ameaçados por uma mentalidade
ateia; por conseguinte, é necessária,uma séria e qualificada
catequese em que a Palavra de Deus seja apresentada orgânica e
unitariamente, mediante a sua linguagem narrativa dos acontecimentos
salvíficos e através do seu impetuoso poder de redenção.
Não
com menos urgência, é necessário demonstrar a identidade apostólica
da igreja, onde o catequista desempenha o seu serviço em
particular sintonia e comunhão com ela.
Quanto
mais forem evidenciados o amor e a responsabilidade em relação à
comunidade eclesial, tanto mais os catequizandos se sentirão como
verdadeiros filhos da igreja, orientados pelas Sagradas Escrituras.
(L'Osservatore Romano)
http://www.buscandonovasaguas.com/?noticia=10
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Olá! Muito obrigada pela visita. A Paz de Jesus e o Amor de Maria!
Abraço fraterno,
Marisa