Universal, abrangente, calorosa assim é a festa de Natal, que envolve a todos.
Uma das mais coloridas celebrações da humanidade, é uma grande festa da cristandade, da civilização surgida do cristianismo no Ocidente.
Época em que toda a fantasia é permitida. Não há quem consiga ignorar a data por mais que conteste a importação norte-americana nos simbolismos: neve, Papai Noel vestido com roupa de lã e botas, castanhas, trenós, renas.
Até os anti-natalinos acabam em concessões, um presentinho aqui, outro acolá. Uma estrelinha de belém na porta de casa, uma luzinha, um mimo para marcar a celebração da vida, que é o autêntico sentido da festa. Independente do consumismo, tão marcante, o Natal mantém símbolos sagrados do dom, do mistério e da gratuidade.
Na origem, as comemorações festivas do ciclo natalino vêm da distante Idade Média, quando a Igreja Católica introduziu o Natal em substituição a uma festa mais antiga do Império Romano, a festa do deus Mitra, que anunciava a volta do Sol em pleno inverno do Hemisfério Norte. A adoração a Mitra, divindade persa que se aliou ao sol para obter calor e luz em benefício das plantas, foi introduzida em Roma no último século antes de Cristo, tornando-se uma das religiões mais populares do Império.
A data conhecida pelos primeiros cristãos foi fixada pelo Papa Júlio 1º para o nascimento de Jesus Cristo como uma forma de atrair o interesse da população. Pouco a pouco o sentido cristão modelou e reinterpretou o Natal na forma e intenção.
A data conhecida pelos primeiros cristãos foi fixada pelo Papa Júlio 1º para o nascimento de Jesus Cristo como uma forma de atrair o interesse da população. Pouco a pouco o sentido cristão modelou e reinterpretou o Natal na forma e intenção.
Conta a lenda que São Francisco de Assis, querendo comemorar de maneira condigna o nascimento de Jesus, no ano de 1223, entendeu de fazer uma representação do maior acontecimento da Cristandade. Obteve licença do Papa e fez transportar para uma gruta um boi, um jumento e uma manjedoura, colocando o menino Jesus sobre a palha, ladeado pelas imagens de Nossa senhora e São José.
Dentro dessa gruta, celebrou uma missa, assistida por um grande número de frades e camponesas das redondezas. Durante o sermão, pronunciou as palavras do Evangelho: "colocou-o num presépio, apareceu-lhe nos braços um menino todo iluminado", e a partir daí, a representação dos presépios tornou-se comum e espalhou-se por todo o mundo.
Simbologia
Desde a sua origem, o Natal é carregado de magia. Gritos, cantigas, forma rudimentar do culto, um rito de cunho teatral, o drama litúrgico ou religioso medieval ganha modificações no decorrer dos séculos. Dos templos, a teatralização ganha praças, largos, ruas e vielas, carros ambulantes, autos sacramentais e natalinos. Os dignatários da Igreja promoviam espetáculos. Na evolução da história está a compreensão de todos os símbolos de Natal.
Árvore - Representa a vida renovada, o nascimento de Jesus. O pinheiro foi escolhido por suas folhas sempre verdes, cheias de vida. Essa tradição surgiu na Alemanha, no século 16. As famílias germânicas enfeitavam suas árvores com papel colorido, frutas e doces. Somente no século 19, com a vinda dos imigrantes à América, é que o costume espalhou-se pelo mundo.
Presentes - Simbolizam as ofertas dos três reis magos. Hábito anterior ao nascimento de Cristo. Os romanos celebrava a Saturnália em 17 de dezembro com troca de presentes. O Ano Novo romano tinha distribuição de mimos para crianças pobres.
Velas - Representam a boa vontade. No passado europeu, apareciam nas janelas, indicando que os moradores estavam receptivos.
Estrela - No topo do pinheiro, representa a esperança dos reis-magos em encontrar o filho de Deus. A estrela guia os orientou até
o estábulo onde nasceu Jesus.
Cartões - Surgiram na Inglaterra em 1843, criados por John C. Horsley que o deu a Henry Cole, amigo que sugeriu fazer cartas rápidas para felicitar conjuntamente os familiares.
Comidas típicas - O simbolismo que o alimento farto tem na mesa, vem das sociedades antigas que passavam fome e encontravam na carne, o mais importante prato, uma forma de reverenciar a Deus.
Presépio - Reproduz o nascimento de Jesus. O primeiro a armar um presépio foi São Francisco do Assis, em 1223. As ordens religiosas se incumbiram de divulgar o presépio, a aristocracia investiu em montagens grandiosas e o povo assumiu a tarefa de continuar com o
ritual.
O Ciclo Natalino
* Rúbia Lóssio
O ciclo natalino inicia-se na véspera do Natal, 24 de dezembro,
e vai até o dia de Reis, 6 de janeiro.
e vai até o dia de Reis, 6 de janeiro.
Para acompanhar esse período, é preciso manter a ingenuidade
de uma criancinha, a esperança de um amanhecer ensolarado,
a ternura de um botão de rosas e a leveza
de uma linda borboleta no ar.
A emoção do povo é revelada nos folguedos natalinos
através de sua ação dramática.
Temos vários folguedos natalinos, como o pastoril,
o bumba-meu-boi, a cavalhada, a chegança,
que fazem referências à Noite de Festas e ao grande dia
em que Jesus nasceu.
Desses folguedos, o mais tipicamente natalino é o pastoril religioso, que tem em sua essência a temática da visitação dos pastores
ao estábulo de Belém onde Jesus nasceu.
* Rúbia Lóssio é vinculada ao Centro de Estudos Folclóricos Mário Souto Maior e mestre pelo Curso de Mestrado em Administração Rural e Comunicação Rural da UFRPE
http://www.arteducacao.pro.br/homenagem/Natal/natal.htm
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Olá! Muito obrigada pela visita. A Paz de Jesus e o Amor de Maria!
Abraço fraterno,
Marisa