terça-feira, 17 de março de 2015

De onde vem a tentação? Qual seu objetivo?

De onde vem a tentação? Qual seu objetivo?
Jesus foi tentado peço demônio; e Ele não tinha o pecado original; então, mesmo Ele e a Virgem Maria podiam ser tentados como Adão e Eva também foram, antes do pecado original. Quem foi criado livre, à imagem e semelhança de Deus, pode ser tentado, não só pelo demônio – o principal tentador – mas também pelo mau uso da liberdade e demais faculdades da alma, como aconteceu com os anjos no céu. Eles não foram tentados por alguém, mas caíram pelo uso mal da liberdade, não querendo servir a Deus, querendo ser “como Deus”. Foi o pecado de soberba, nascido dentro deles mesmos.
Sabemos que o pecado original desorganizou a nossa natureza e ela ficou sujeita à concupiscência; isto é, a atração para o mal, sobretudo para a soberba e orgulho, ganância e ambição, luxúria e adultério. Nossas faculdades inferiores já não obedecem docilmente às inferiores; e por isso há um combate entre o bem e o mal em nossos membros. Por isso, ao invés do homem usar as criaturas para chegar a Deus, ele muitas vezes se torna escravo delas. Elas exercem um fascínio sobre nós, e é ai que a tentação nos desvia de Deus. Nenhum de nós, enquanto estamos nesta vida, somos livres da tentação, por termos nascidos com inclinação ao pecado.
Por que o demônio nos tenta? Porque ele quer afastar-nos da amizade de Deus. Como ele perdeu esta amizade e experimenta definitivamente a frustração, então, tenta aliviar sua dor fazendo-nos também rejeitar a Deus e participar da sua danação. Quem é revoltado como ele, não pode ver os outros em paz e feliz, porque se sente mal com isso.
O livro da Sabedoria explica algo muito importante: “Ora, Deus criou o homem para a imortalidade, e o fez à imagem de sua própria natureza. Foi por inveja do demônio que a morte entrou no mundo, e os que pertencem ao demônio prová-la-ão” (Sab 2,23-24). “Deus não é o autor da morte, a perdição dos vivos não lhe dá alegria alguma” (Sab 1,13).
O livro do Apocalipse revela uma triste realidade; “houve uma batalha no céu, Miguel e seus anjos tiveram de combater o Dragão, Satanás, o sedutor do mundo inteiro. Foi precipitado na terra, e com ele os seus anjos” (Ap 12,9). São Pedro chama o demônio de adversário a contra quem devemos estar atentos: “Sede sóbrios e vigiai. Vosso adversário, o demônio, anda ao redor de vós como leão que ruge, buscando a quem possa devorar. Resisti-lhe fortes na fé” (1Pe 5,8).
O demônio é um revoltado contra Deus e contra o Seu Reino, por isso Jesus veio vencê-lo e destruir o seu reino, com Sua morte na Cruz. A morte que o demônio faz entrar no mundo, pelo pecado, é a morte espiritual, da qual a morte física é um sinal. São Paulo explica tudo quando diz que “o salário do pecado é a morte” (Rom 6,23). Há duas mortes, diz São Tomás, uma é quando o corpo se separa da alma, mas a pior é a segunda, quando a alma se separa de Deus pelo pecado mortal.
São Leão Magno (†460), explica bem a ação do Mal: “O antigo inimigo, “disfarçando-se em anjo de luz” (2 Cor 11,14) não cessa de armar por toda parte as ciladas da mentira e de procurar de todo modo corromper a fé dos crentes. Sabe a quem incutir o ardor da cobiça, a quem oferecer os atrativos da gula, a quem inflamar com a luxúria, em quem infiltrar o veneno da inveja. Sabe a quem perturbar com a tristeza, a quem iludir com a alegria, a quem oprimir com o temor, a quem seduzir pela vaidade. Observa os costumes de todos, investiga as preocupações, perscruta os sentimentos; e procura meios de fazer mal onde vê alguém ocupar-se em algo com interesse. Entre os que acorrentou a si, dispõe de muitos peritos em suas artes, e serve-se de sua habilidade e sua língua para enganar os outros”.
São João disse que “o demônio peca desde o princípio. Eis porque o Filho de Deus se manifestou: para destruir as obras do demônio” (1 João 3,8). Foi a luta sangrenta do bom Pastor contra o lobo, para defender as ovelhas. O Pastor foi ferido mortalmente, mas ressuscitou, e o lobo foi vencido. São Agostinho falava do demônio como um cão acorrentado e na coleira, e que só morte quem lhe chega perto.
O Tentador atua, sobretudo, pela mentira. Jesus nos revelou sua farsa. “Ele era homicida desde o princípio e não permaneceu na verdade, porque a verdade não está nele. Quando diz a mentira fala do que lhe é próprio, porque é mentiroso e pai da mentira” (João 8,44-45). Toda tentação é uma sedução pela mentira; como foi com Eva no Paraíso, e também conosco.
Na tentação há algo de bom, senão Deus não a permitiria. Sabemos que o ferro é provado pelo fogo e os justos pela tentação. Nossa maturidade espiritual se forja nas tentações, como o atleta se fortalece nos treinos. Santo Agostinho disse que “toda tentação é uma forma de inquisição. Por meio dela o homem se conhece a si mesmo. Ninguém conhece a si mesmo se não é tentado; nem pode ser coroado, se não vence; nem vencer, se não luta; nem lutar, se lhe faltam inimigos”. “Não fujas das mãos do Artífice e não temas: Deus permite as tentações, não para te arruinar, mas para fazer-te mais forte”.
Orígenes de Alexandria (†284), Padre da Igreja, dizia: “Deus não quer impor o bem, ele quer seres livres… Para alguma coisa a tentação serve. Todos, com exceção de Deus, ignoram o que nossa alma recebeu de Deus, até nós mesmos. Mas a tentação o manifesta, para nos ensinar a conhecer-nos e, com isso, descobrir-nos nossa miséria e nos obrigar a dar graças pelos bens que a tentação nos manifestou”.

Nas tentações verificamos o quanto progredimos na vida espiritual; se revelam as nossas virtudes, e por elas temos méritos diante de Deus.

Não cair em tentação envolve uma decisão do coração. “Onde está o teu tesouro, aí estará também teu coração… Ninguém pode servir a dois senhores” (Mt 6,21.24). “Se vivemos pelo Espírito, pelo Espírito pautemos também nossa conduta” (Gl 5,25).

terça-feira, 10 de março de 2015

DINÂMICA DA CAMPANHA DA FRATERNIDADE 2015


DINÂMICA
1)    Imprimir o cartaz e a Oração da CF e pregar em lugar visível na sala.
2)    Imprimir e recortar as figurinhas, com uma situação para cada catequizando.
3)    Levar um pacote de biscoitos ou docinhos, suco ou refrigerante, copos e toalha e um arranjinho de flores.
Desenvolvimento:
 4)    Apresentação do cartaz: Alguém já viu esse cartaz? Quem são essas pessoas?Alguém já viu ou ouviu falar dessa cena de lavar os pés? Quando aconteceu? Jesus lavou os pés de quem? Por que?  (Outras perguntas, se necessário)
5)    Sobre a Campanha da Fraternidade: (Falar com linguagem simples e de fácil entendimento para as crianças)
A Campanha Da Fraternidade é uma ação evangelizadora da Igreja Católica, que visa conscientizar os cristãos e não cristãos sobre um determinado tema a favor do bem da humanidade e da natureza, baseado nos ensinamentos de Jesus.
Neste ano de 2015, o lema é”EU VIM PARA SERVIR” , com o tema “FRATERNIDADE: IGREJA E SOCIEDADE”.
A proposta da Igreja é para que as pessoas cuidem umas das outras com pequenas atitudes de amor e serviço no seu dia-a-dia, levando assim, à prática do seu cotidiano na família e na comunidade em que está inserido, o que Jesus nos ensinou e Ele próprio praticou: “Eu vim para servir” e “O que fizerdes a um desses pequeninos é a mim que o fazeis”. Com essa disposição de serviço nos colocamos à disposição de Deus, através da Igreja, para uma verdadeira conversão, evangelizando com nossos dons e confirmando com nosso testemunho.
6)    Reflexão: Em quais lugares  podemos colocar em prática o que Jesus nos pede? Com quais atitudes eu posso me tornar melhor? Quem eu posso ajudar? De que maneira?
7)    Cada catequizando recebe uma figurinha e uma folha de sulfite.
8)    Pedir que cada um cole a sua figurinha e, um de cada vez, fale sobre ela dentro do assunto da CF. O (a) catequista pode ajudar com perguntas e esclarecimentos breves.
9)    Cada catequizando pode desenhar ou escrever sobre uma experiência vivida ou um propósito de fazer algo que ajude alguém.
10) Expor os trabalhos das crianças, junto com outro cartaz “EU TAMBÉM POSSO SERVIR AO MEU PRÓXIMO”.( o(a) catequista também pode apresentar a sua atividade.)
11)  Confraternização: Pedir que cada criança realize uma tarefa para experimentar o aprendizado do dia. (arrumar a mesa, as flores, ajudar a servir os biscoitos ou docinhos, e depois para arrumar tudo no lugar).
12) Oração final: Terminar o encontro com a Oração da CF.