sexta-feira, 31 de maio de 2013

Sacramento da Reconciliação


Para viver na amizade de Deus e dos irmãos, o tempo da quaresma é favorável para viver as mudanças:

1. ARREPENDENDO-ME DE MEUS PECADOS E CONFESSANDO-ME.
·         Pensar em que ofendi a Deus, Nosso Senhor, se me dói tê-lo ofendido, se estou realmente arrependido. 
·         Este é um bom momento do ano para realizar uma confissão preparada e de coração. 
·         Revise os mandamentos de Deus e da Igreja para poder fazer uma boa confissão. 
·         Sirva-se de um livro para estruturar sua confissão. 
·         Busque tempo para realizá-la.

2. LUTANDO PARA MUDAR:

·         Analise sua conduta para conhecer em quê esta falhando. 
·         Faça propósitos para cumprir dia a dia e revise à noite se os alcançou. 
·         Lembre-se de não colocar muitos propósitos porque será muito difícil cumpri-los todos. Devem-se subir as escadas de degrau em degrau, não se pode subir toda ela de uma só vez. 
·         Conheça qual é o seu defeito dominante e faça um plano para lutar contra ele. 
·         Teu plano deve ser realista, prático e concreto para poder cumpri-lo.

3. FAZENDO SACRIFÍCIOS:

A palavra sacrifício vem do latim sacrum-facere, que significa 
"fazer sagrado". Então, fazer um sacrifício é fazer alguma coisa sagrada, quer dizer, oferecê-la por amor a Deus, porque O ama, coisas que dão trabalho. 
Por exemplo:
·         Ser amável com um vizinho com quem você não simpatiza ou ajudar alguém em seu trabalho.
·         A cada um de nós há algo que nos custa fazer no cotidiano. Se oferecemos isto a Deus por amor, estamos fazendo sacrifício.

4. ORANDO:

·         Aproveite estes dias para rezar, para conversar com Deus, para dizê-lo que o ama e que quer estar com Ele. Pode ser útil um bom livro de meditação para Quaresma. 
·         Você pode ler na Bíblia passagens relacionadas com a quaresma.


5-JEJUANDO E FAZENDO ABSTINÊNCIA

·         O jejum consiste em fazer uma só refeição forte ao dia. 
·         A abstinência consiste em não comer carne. 
·         A Quarta-feira de Cinzas e a Sexta-feira Santa são dias de abstinência e jejum. 
A abstinência é obrigatória a partir dos quatorze anos e o jejum dos dezoito aos cinquenta e nove anos de idade.
Com estes sacrifícios, trata-se de que todo nosso ser (alma e corpo) participe em um ato onde reconheça a necessidade de fazer obras com as quais reparemos o dano causado com nossos pecados e para o bem da Igreja.
·         O jejum e a abstinência podem ser trocados por outro sacrifício, dependendo do que ditem as Conferências Episcopais de cada país, pois elas têm autoridade para determinar as diversas formas de penitência cristã.

*Por que o Jejum e a abstinência?
É necessário dar uma profunda resposta a esta pergunta, para que fique clara a relação entre o jejum e a conversão, isto é, a transformação espiritual que aproxima o homem a Deus.
O abster-se de comida e bebida tem com como fim introduzir na existência do homem não somente o equilíbrio necessário, mas também o desprendimento do que se poderia definir como "atitude consumista".
Tal atitude veio a ser em nosso tempo uma das características da civilização ocidental. 
O homem, orientado aos bens materiais, muito frequentemente abusa deles. 
A civilização se mede então segundo quantidade e a qualidade das coisas que estão em condições de prover ao homem e não se mede com a medida adequada ao homem interior.
Esta civilização de consumo fornece os bens materiais não somente para que sirvam ao homem em ordem a desenvolver as atividades criativas e úteis, mas cada vez mais para satisfazer os sentidos, a excitação que deriva deles, o prazer, uma multiplicação de sensações cada vez maior.
·         O homem de hoje deve abster-se de muitos meios de consumo, de estímulos, de satisfação dos sentidos. 

Jejuar significa abster-se de algo. 
O homem é ele mesmo quando consegue dizer a si mesmo: Não!
Não é uma renúncia pela renúncia: mas para melhor e mais equilibrado desenvolvimento de si mesmo, para viver melhor os valores superiores, para o domínio de si mesmo.

6-EXAME DE CONSCIÊNCIA E CONFISSÃO

Precisamente por sermos pecadores, ficamos cegos diante de nossos pecados. 
Satanás quer nos fazer ver que não há mal no que fazemos. Então o coração se endurece, torna-se insensível às exigências do amor. 
Por isso é tão importante a conversão do coração.

"Por isso, como diz o Espírito Santo:” Se escutardes hoje MINHA voz, não endureçais o coração... Atenção irmãos! Que nenhum de vós tenhais um coração mau e incrédulo “( Hb 3.)

Deus é um Pai amoroso que nos faz ver o pecado para nos dar a graça do arrependimento e nos perdoar. 
Ele nos quer livres!
O demônio não quer que vejamos nosso pecado; por isso, se procurarmos o caminho de Deus, tratará de nos acusar com nossos pecados para que  desanimemos e voltemos atrás. 
Mas podemos discernir a diferença: Deus mostra nosso pecado para nos libertar e perdoar; o demônio o esconde, mas quando o mostra, é para que nós nos desesperemos.
·         Devemos rejeitar energicamente estes pensamentos ruins e ir à confissão com toda confiança no perdão de Deus. 
Deus SEMPRE nos resgata e  perdoa quando há arrependimento.
·         É muito proveitoso fazer um exame de consciência diário e também, com toda humildade, nos abrir a  pessoas próximas de nós, para que nos corrijam. 
"Se examinássemos a nós mesmos, não seríamos condenados." 
(1 Cor. 11, 31)
O exame se faz diante de Deus, escutando sua voz na nossa consciência.

Preparação (exame de consciência) para uma boa confissão:

·         Preparação remota

É o exame de consciência feito diariamente. Educamo-nos na fé pelo estudo da Palavra, do Catecismo, leitura dos Santos..., participação nos santos ensinamentos com prática séria do que aprendemos. 

·         Preparação imediata: 

É o exame de consciência antes de confessar.
Vamos a um lugar tranquilo, preferivelmente diante do sacrário, para orar. 
Só Deus pode iluminar sobre nossa realidade e nos dar os meios para responder à sua graça. Contemplamos a vida de Jesus e seu amor manifesto na Cruz. "Contemplai ao que transpassaram" Jo 19:37.

·         Reflexão

Como respondi a tanto amor, a tantas graças?
Examinamos nossa vida diante da lei de Deus. Por isso ajuda ter um exame escrito que nos recorde o que esquecemos. 

Recordamos que não se trata de sugestões, Deus nos deu MANDAMENTOS! Quebrá-los é quebrar nossa aliança com Deus e cair em pecado. Não se trata tão somente de enumerar pecados mas sim de descobrir a atitude do nosso coração e sentir dor pelos pecados cometidos!

·         Fazer o firme propósito de não voltar a cometê-los!
Sempre há áreas nas quais somos mais fracos e requerem atenção especial, mas se compreendermos que Cristo (não a cultura!) é a medida, veremos que em tudo temos, e podemos muito que crescer.

·         Examinar-se
Quais pecados você cometeu desde sua última confissão? (Cuidado para não ficar no exterior, mas sim nas atitudes do coração e as omissões).
(A confissão só pode ser feita diante de um sacerdote).

Exame de consciência com base nas três rupturas:

a)    Ruptura com Deus: 

·         Amo na verdade a Deus com todo meu coração ou vivo mais apegado às coisas materiais?
·         Preocupei-me por renovar minha fé cristã através da oração, a participação ativa e atenta da missa dominical, a leitura da Palavra de Deus, etc.?
·         Guardo os domingos e dias de festa da Igreja? 
·         Cumpri com o preceito anual da confissão e a comunhão pascal? 
·         Tenho uma relação de confiança e amizade com Deus, ou cumpro somente com ritos externos?
·         Professei sempre, com vigor e sem temores minha fé em Deus? 
·         Manifestei minha condição de cristão na vida pública e privada? 
·         Ofereço ao Senhor meus trabalhos e alegrias? 
·         Recorro a Ele constantemente, ou só o busco quando o necessito? 
·         Tenho reverência e amor para o nome de Deus ou lhe ofendo com blasfêmias, falsos juramentos ou usando seu nome em vão?

b)    Ruptura comigo mesmo: 

·         Sou soberbo e vaidoso? 
·         Considero-me superior a outros?
·         Procuro aparentar algo que não sou para ser valorizado por outros?
·         Aceito a mim mesmo, ou vivo na mentira e no engano? 
·         Sou escravo de meus complexos? 
·         Que uso tenho feito do tempo e dos talentos que Deus me deu? 
·         Esforço-me por superar os vícios e inclinações más como a preguiça, a avareza, a gula, a bebida, a droga? 
·         Caí na luxúria com palavra e pensamentos impuros, com desejos ou ações impuras?
·         Realizei leituras ou assisti a espetáculos que reduzem a sexualidade a um mero objeto de prazer? 
·         Caí na masturbação ou a fornicação? 
·         Cometi adultério? 
·         Recorri a métodos artificiais para o controle da natalidade?

c)    Ruptura com os irmãos e com a criação: 
 
·         Amo de coração o meu próximo como a mim mesmo  como o Senhor Jesus me pede que o ame?
·         Em minha família colaboro em criar um clima de reconciliação com paciência e espírito de serviço?
·         Foram os filhos obedientes aos seus pais, prestando-lhes respeito e ajuda em todo momento? 
·         Preocupam-se os pais em educar na vida cristã seus filhos e de respeitá-los em seu compromisso de vida com o Senhor Jesus? 
·         Abusei de meus irmãos mais fracos, usando-os para meus fins? 
·         Insultei meu próximo? 
·         Escandalizei-o gravemente com palavras ou com ações?
·         Se me ofenderam, sei perdoar, ou guardo rancor e desejo de vingança?
·         Compartilho meus bens e meu tempo com os mais pobres, ou sou egoísta e indiferente à dor de outros? 
·         Participo das obras de evangelização e promoção humana da Igreja?
·         Preocupo-me pelo bem e a prosperidade da comunidade humana em que vivo ou passo a vida preocupado  tão somente comigo mesmo?
·         Cumpri com meus deveres cívicos? 
·         Paguei meus tributos?
·         Sou invejoso? 
·         Sou fofoqueiro e enganador? 
·         Difamei ou caluniei alguém? 
·         Violei segredos? 
·         Fiz julgamentos temerários sobre outros? 
·         Sou mentiroso? 
·         Causei algum dano físico ou moral a outros? 
·         Inimizei-me com ódios, ofensas ou brigas com meu próximo? 
·         Fui violento? 
·         Procurei ou induzi ao aborto?
·         Fui honesto em meu trabalho?
·         Usei corretamente a criação ou abusei dela com fins egoístas? 
·         Roubei? 
·         Fui justo em relação aos meus subordinados tratando-os como eu gostaria de ser tratado por eles?
·         Participei de negócios ou consumo de drogas?
·         Caí na fraude ou estelionato? 
·         Recebi dinheiro ilícito?






Procure um sacerdote, abra seu coração e se entregue inteiramente ao Amor e Misericórdia infinitos de Deus e seja verdadeiramente liberto! 


Adaptado de:
FONTE: Wiki Canção Nova
http://www.catequistaroberto.com.br/2012/02/quaresma.h

quinta-feira, 30 de maio de 2013

ATIVIDADE-Dinâmica do Batismo


Objetivo: Entender o significado do batismo 


Material:

-Iodo ou Povidini;
-Água sanitária ou cloro
-1 vasilha transparente com água limpa
-2 copos transparentes
-Bonequinhos feitos de papel branco (para Catequese Infantil).
*** Use sua criatividade ***




Como desenvolver a dinâmica:


*Pegar a vasilha e colocar um pouco 
de água em cada copo e em um deles diluir um pouco de iodo, reserve.
*Explique desde a criação como 
Deus criou nossos primeiros pais, 
com a desobediência deles entrou 
o pecado no mundo e que nascemos 
com a mancha do pecado.



*Para o Catecumenato basta a explicação
 bem explorada do Catequista.
*Já para a Catequese Infantil, faça bonequinhos de papel 
preso a um palito, mergulhe o bonequinho na vasilha,
 mostre que o pecado de nossos primeiros pais nos causou.






Observe que a água  com iodo está escura!






Conclusão

Coloque  algumas gotas de água sanitária na mistura com iodo. 


E o que acontece? 

A mistura escura ficou limpa 
como o outro copo de água.




É isso que O Batismo nos faz. 


Lembrando que o Batismo é único, 
ele apaga totalmente a mancha do pecado original 
e nos faz filhos de Deus. 
Não devemos em hipótese alguma pedir novamente 
o Batismo em outra doutrina Protestante!
Agora inicie a Catequese, comece a explicar 
a Graça Santificante do Batismo.






"O Batismo nos concede a graça do novo nascimento 
em Deus Pai por meio do seu Filho no Espírito Santo."








"O Santo Batismo é o fundamento de toda a vida cristã 


e a porta da vida no Espírito. 
Pelo Batismo somos libertados 
do pecado e regenerados 
como filhos de Deus; 
tornamo-nos membros de Cristo, 
somos incorporados a Igreja 
e feitos participantes 
de sua Missão."





Adaptado de

quarta-feira, 29 de maio de 2013

Sagrados Corações, de Jesus e de Maria


 Sagrado Coração de Jesus, Imaculado Coração de Maria




O mês de junho é dedicado ao Sagrado Coração de Jesus, cuja solenidade litúrgica celebramos dia 19 deste mês. A devoção ao Sagrado Coração tem as suas origens na devoção popular e, sem dúvida, é uma das piedades mais difundidas e mais amada pelos fiéis.




A expressão “Coração de Cristo” nos remete à totalidade de seu ser, Verbo encarnado para a salvação de toda a humanidade. Esta piedade popular tem a sua fundamentação na Sagrada Escritura. Jesus, em seu Evangelho, convida os discípulos a viverem em íntima comunhão com ele, assumindo a sua palavra como modo de vida e revelando-se um mestre “manso e humilde de coração”.




Esta expressão também nos remete ao momento da morte de Cristo, em que, do alto da cruz, por uma lança o seu Divino Coração foi transpassado, de onde jorrou sangue e água, símbolo do nascimento da Igreja e de seus sacramentos, símbolo de nossa redenção. Na água está a nossa purificação e no sangue está a nossa salvação. 
Neste momento a esposa de Cristo, a Igreja, lava e alveja as suas roupas no sangue do Cordeiro.



O texto que narra Cristo mostrando o lado e as mãos aos discípulos e o convite a Tomé para estender a mão e tocar seu lado também faz parte da fundamentação desta devoção. Esses textos narram o convite que Cristo faz todos os dias a nós, o convite para participarmos de sua ressurreição, entrarmos em sua glória, tornando-nos parte integrante dela, testemunhando-a com nossas vidas e com nossas ações.

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Coração nos lembra amor, e há no mundo algum outro coração que amou mais do que o Coração de Jesus? Amor verdadeiro, que só no seu coração encontramos. Todos os dias temos que pedir para que Cristo nos conceda a graça de termos os nossos corações semelhantes ao dele, pois o seu coração é a fonte, o rio, o oceano de misericórdia, no qual somos mergulhados




Às vezes, para nós este Sagrado Coração se mostra um tanto radical, pedindo de nós um grande despojamento (cf. Mt 19,21) que nem sempre estamos prontos ou dispostos a aceitar. Como no caso do jovem que se encontra com Jesus e pede para que ele o diga o que deve fazer para ter a vida eterna. Não pronto para esta radicalidade, o jovem volta para casa entristecido. Atitude diferente têm inúmeras pessoas que, em determinado momento de sua vida, encontraram-se com este coração e não tiveram medo de dizer o seu sim e se lançar nele.



Celebrar o Sagrado Coração é lembrar que Cristo foi verdadeiramente homem e verdadeiramente Deus. E, sendo homem, também teve os mesmos sentimentos que nós temos. Mas com uma diferença: seu coração sempre foi manso e humilde, por isso nunca maltratou ninguém. Sendo Deus, nunca julgou, mas sempre usou de misericórdia, compadeceu-se dos sofredores e humilhados e sempre prestou-lhes ajuda e consolo. E nós, como andam os nossos corações?




 No dia seguinte, após a solenidade do Sagrado Coração de Jesus, celebramos a memória do Imaculado Coração de Maria. Não temos como falar do Filho sem falar da Mãe, não podemos celebrar o coração do Filho e não celebrar o coração da Mãe.


Essas duas celebrações estão ligadas mostrando-nos um sinal litúrgico da proximidade desses dois corações:






 o mistério do coração do Salvador se projeta e se reflete no coração da Mãe, que é também companheira e discípula. 




Se a solenidade do Sagrado Coração de Jesus celebra os mistérios pelos quais fomos salvos, fazer memória do Coração Imaculado é celebrar a participação da mãe na obra salvífica do Filho.




A devoção ao Imaculado Coração de Maria difundiu-se bastante após as aparições em Fátima, onde ela nos pedia a oração e o jejum para que a guerra se findasse.
Durante todo este mês de junho, quando lembramos o Sagrado Coração de Jesus e o Imaculado Coração de Maria, possamos aprender deles o amor, a paciência e a graça de saber perdoar. Pois foi Ele mesmo que nos mandou amar uns aos outros como Ele amou.


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Autor: Diego Henrique de Assis da Conceição
Seminarista da Diocese de Piracicaba, estudante do 1º ano de Filosofia