“FAÇA-SE A LUZ!”
Para fortalecer nossa espiritualidade segue uma sugestão
para vocês realizarem na Pastoral
Catequética de sua Paróquia:
Antes mesmo que se inventasse
a roda, a humanidade
inventou a lâmpada.
Durante milênios as pessoas utilizaram lamparinas de barro ou metal abastecidas com azeite de oliva,
para afugentar a escuridão da noite.
para afugentar a escuridão da noite.
E por quê?
Porque a vida precisa de luz!
Mesmo os animais que habitam as profundezas dos oceanos,
aonde não chega a luz solar,
produzem a sua própria luminosidade para sobreviver;
encontrar alimentos, afugentar predadores,
encontrar os irmãos da mesma espécie.
A luz encontra-se tão ligada à origem da vida
que o autor do primeiro capitulo do Gênesis sabiamente
a colocou como a primeira criatura de Deus:
“Faça-se a luz!”(Gn 1,3).
que o autor do primeiro capitulo do Gênesis sabiamente
a colocou como a primeira criatura de Deus:
“Faça-se a luz!”(Gn 1,3).
Todos os seres vivos existem não para as trevas,
mas para a luz.
mas para a luz.
Com a humanidade acontece
o mesmo. O domínio da tecnologia do fogo foi
decisivo para que o homem descobrisse como moldar a natureza e sobreviver à noite. Antes disso, a noite era
a hora da morte, em sobrevinham as feras,
os ladrões e assassinos.
Por isso, a lâmpada adquiriu também um importante
significado simbólico de proteção, segurança, orientação, vida.
Logo as lâmpadas dos candelabros passaram a fazer parte
dos rituais sagrados das mais diversas religiões.
Para o povo de Israel, a lâmpada possui um significado
todo particular: lembra nada menos que a Páscoa,
a libertação do Egito, o acontecimento central da fé dos judeus.
a libertação do Egito, o acontecimento central da fé dos judeus.
Quando saíram da terra da escravidão, os israelitas foram,
guiados por uma coluna luminosa que era a própria
presença do Senhor no meio deles (cf. Ex 13, 21s).
Por isso a celebração judaica do Sábado (Shabbat)
inicia-se com o acender as luzes da casa.
guiados por uma coluna luminosa que era a própria
presença do Senhor no meio deles (cf. Ex 13, 21s).
Por isso a celebração judaica do Sábado (Shabbat)
inicia-se com o acender as luzes da casa.
Essa tradição foi incorporada pelos cristãos à cerimônia
da Vigília Pascal, em que se abençoa o fogo
e se acende o círio, sinal do Cristo Ressuscitado.
e se acende o círio, sinal do Cristo Ressuscitado.
Na Bíblia, a palavra hebraica nir significa,
ao mesmo tempo, “luz” e “lâmpada”.
Esse dado é interessante porque nos faz ver que,
para a mentalidade israelita, é realmente importante,
sobretudo quando ela falta, ou seja, à noite
quando é preciso manter as lâmpadas acesas.
A função da luz é afugentar a treva,
ao mesmo tempo, “luz” e “lâmpada”.
Esse dado é interessante porque nos faz ver que,
para a mentalidade israelita, é realmente importante,
sobretudo quando ela falta, ou seja, à noite
quando é preciso manter as lâmpadas acesas.
A função da luz é afugentar a treva,
onde existe morte, medo, desorientações.
Viver na luz, em sentido bíblico e místico,
é viver na presença de Deus,
Viver na luz, em sentido bíblico e místico,
é viver na presença de Deus,
viver em constante Páscoa, permitindo
que o Senhor afugente com seu poder
as trevas de nossas escravidões pessoais e sociais.
que o Senhor afugente com seu poder
as trevas de nossas escravidões pessoais e sociais.
A luz de Deus é sempre luz de lâmpada, luz que transforma,
luz feita para eliminar a noite do pecado, da maldade, da morte.
“Tua palavra é lâmpada para meus pés e luz para o meu caminho!” (Sl 119,105)
Para viver na liberdade adquirida na Páscoa,
Deus presenteou o seu povo
com a sua palavra.
Escutar a Palavra e colocá-la em prática é o centro
da vida religiosa de Israel;
“Ouve, oh, Israel! O Senhor nosso Deus é o único Senhor!
Amarás o Senhor teu Deus com todo o teu coração,
com toda a tua alma e com todas as tuas forças.
E trarás gravadas no teu coração todas estas palavras
que hoje te ordeno” (Dt 6,4-6)
A palavra de Deus torna-se para o povo da aliança
a nova coluna luminosa que aponta a direção da liberdade:
a nova coluna luminosa que aponta a direção da liberdade:
“O mandamento do Senhor é brilhante,
para os olhos é uma luz!”(Sl 19,9)
Para viver na luz, é necessário ouvir a Palavra,
meditá-la, praticá-la, transmiti-la.
Ela é a lâmpada que permite ao povo de Deus perseverar
no caminho da fidelidade à aliança com Javé:
meditá-la, praticá-la, transmiti-la.
Ela é a lâmpada que permite ao povo de Deus perseverar
no caminho da fidelidade à aliança com Javé:
“Tua Palavra é uma lâmpada para os meus pés
e uma luz para o meu caminho” (Sl 119,105).
e uma luz para o meu caminho” (Sl 119,105).
Do contrário, sem ouvir a Palavra,
Israel retorna à sua escravidão podendo praticar
desumanidades piores do que as que sofria sob o jugo dos egípcios.
Israel retorna à sua escravidão podendo praticar
desumanidades piores do que as que sofria sob o jugo dos egípcios.
Entra aí o papel dos profetas, por meio dos quais Deus continuamente convida seu povo a sair das trevas
deixando-se guiar pela luz da Palavra:
“O povo que andava nas trevas viu uma grande luz.
Para os que habitavam nas sombras da morte
deixando-se guiar pela luz da Palavra:
“O povo que andava nas trevas viu uma grande luz.
Para os que habitavam nas sombras da morte
uma luz resplandeceu!”(Is 9,1)
Para os cristãos essa “grande luz” resplandecente
para toda a humanidade é Jesus Cristo, a luz do mundo:
para toda a humanidade é Jesus Cristo, a luz do mundo:
Jesus Cristo
é a Palavra do Pai:
Palavra por meio da qual
foi criado o mundo.
Palavra que foi dada
como lâmpada a Israel.
Palavra sempre renovada
na boca dos profetas.
é a Palavra do Pai:
Palavra por meio da qual
foi criado o mundo.
Palavra que foi dada
como lâmpada a Israel.
Palavra sempre renovada
na boca dos profetas.
Nessa Palavra eterna,
“estava a vida e a vida era a luz dos homens.
Essa luz brilha nas trevas,
e as trevas não conseguirão apagá-la” (Jo 1, 4-5)
Quando chegou o tempo oportuno, essa
“Palavra se fez homem e habitou entre nós” (Jo 1,14),
na pessoa do jovem carpinteiro de Nazaré.
Seu jeito revolucionariamente amoroso de viver, resgatando
a todos os que foram jogados nos porões do mundo
-doentes, prostitutas, pecadores, crianças, pobres, ricos, etc.-
relativizando as hipocrisias religiosas de sua época,
ensinando de modo simples a vontade do Pai,
era nada menos que a Palavra eterna de Deus viva
no meio dos homens, a luz brilhando intensa
a todos os que foram jogados nos porões do mundo
-doentes, prostitutas, pecadores, crianças, pobres, ricos, etc.-
relativizando as hipocrisias religiosas de sua época,
ensinando de modo simples a vontade do Pai,
era nada menos que a Palavra eterna de Deus viva
no meio dos homens, a luz brilhando intensa
e incomodamente no meio das trevas.
As trevas tentaram apagá-la na noite da cruz.
Mas a vida brilhou para sempre
na manhã sem fim da ressurreição!
Cristo é a Lâmpada do Pai, o farol da humanidade,
“o Sol nascente que nos veio visitar, lá do alto,
como luz resplandecente, para iluminar os que
vivem nas trevas e nas sombras da morte” (Lc 1,78).
É Ele o astro que aquece e ilumina o povo de Deus
como diz o autor do Apocalipse a respeito da Nova Jerusalém:
“A Cidade não precisa do sol nem da luz para ficar iluminada, pois a glória de Deus a ilumina e a lâmpada é o Cordeiro” (Ap 21,23)
“Você é a luz do mundo!” (Mt 5,14)
Seguir Jesus é ouvir e viver a Palavra tornada gente
no seu modo de viver:
“Eu sou a luz do mundo.
Quem me segue não andará
nas trevas, mas terá
a luz da vida” (Jo 8,12).
O discípulo de Jesus, no desejo de assemelhar-se ao Mestre
também se torna lâmpada, luz para transformar o mundo:
“Você são a luz do mundo!
Ninguém acende uma lâmpada para colocá-la debaixo
de uma vasilha, e sim para colocá-la no candeeiro,
onde ela brilha para todos os que estão na casa.
Assim a luz de vocês brilhe diante dos homens para
que eles vejam as boas obras que vocês fazem
e louvem o Pai que está nos céus!” (Mt 5,15-16)
Viver na luz é belo, mas não é fácil.
Também o escuro tem os seus atrativos e seduções.
Às escuras é que se fazem as coisas escondidas,
longe do julgamento alheio.
No escuro, podemos atender os nossos desejos mais
imediatos sem sermos incriminados por ninguém.
Viver nas trevas é bastante cômodo
Também o escuro tem os seus atrativos e seduções.
Às escuras é que se fazem as coisas escondidas,
longe do julgamento alheio.
No escuro, podemos atender os nossos desejos mais
imediatos sem sermos incriminados por ninguém.
Viver nas trevas é bastante cômodo
e instantaneamente prazeroso.
É viver como se, pelo menos por um momento,
Deus, não existisse.
É viver como se não existisse a verdade,
a justiça ou a ética.
Viver nas trevas é tentar esconder-se de Deus,
como o homem e a mulher no paraíso,
após terem comido o fruto proibido. (cf. Gn 3,8)
Mas o homem e a mulher não conseguem se esconder de Deus, porque não conseguem esconder-se de si mesmo.
O ser humano nasceu para a luz- sua alma é luz,
sua consciência é luz, sua razão é luz que busca a verdade
e a clareza nas coisas:
“O espírito do ser humano é uma lâmpada de Javé,
que sonda as profundezas do ser” (Pr 20,27).
Nossa vocação mais que viver na luz, é sermos luz.
Não uma luz inútil, acesa durante o dia,
mas uma lâmpada que
Não uma luz inútil, acesa durante o dia,
mas uma lâmpada que
– assim como nosso Senhor Jesus Cristo -
arde onde as trevas precisam ser afugentadas,
onde a vida se encontra ameaçada, onde há pessoas
onde a vida se encontra ameaçada, onde há pessoas
tratadas como coisas, onde a verdade se encontra distorcida,
onde a alegria desapareceu, onde o ódio pisoteou o amor.
“Onde houver trevas que eu leve a luz” (São Francisco de Assis).
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Olá! Muito obrigada pela visita. A Paz de Jesus e o Amor de Maria!
Abraço fraterno,
Marisa