Ao aproximar-se o Natal,é comum se ouvir a expressão "espírito natalino". Não sei bem o que esta expressão significa, mas parece apontar para um sentimento de bondade um tanto genérica, para um ar festivo recheado de presentes e de consumo, para o encontro festivo de familiares e parentes, para gestos episódicos de sensibilidade para com o próximo carente. Até pessoas que não reconhecem particular valor no nascimento de Jesus de Nazaré entram no "espírito natalino"
e dele participam!
Para nós cristãos, "espírito natalino"
é sinônimo de "advento", isto é, celebração de um acontecimento radicalmente singular que marcou a história dos homens:
Deus que se encarnou na pessoa de Jesus Cristo. Deus que, antes de querer nos elevar à grandeza divina, assume, torna sua a natureza, a existência humana!
E a redime, isto é, a reconduz à sua nobreza e grandeza originais.
No Natal, recordamos e celebramos este acontecimento.
e dele participam!
Para nós cristãos, "espírito natalino"
é sinônimo de "advento", isto é, celebração de um acontecimento radicalmente singular que marcou a história dos homens:
Deus que se encarnou na pessoa de Jesus Cristo. Deus que, antes de querer nos elevar à grandeza divina, assume, torna sua a natureza, a existência humana!
E a redime, isto é, a reconduz à sua nobreza e grandeza originais.
No Natal, recordamos e celebramos este acontecimento.
Como é e como deve ser a existência humana se ela é tão nobre e tão grande de merecer ser assumida e redimida por Deus?
A caminhada de resposta a esta pergunta, na qual estamos pessoal e comunitariamente engajados, constitui a "vida cristã".
Esta vida nunca está feita de antemão, mas é sempre um empenho, um caminho, uma luta para que ela aconteça em nossa existência.
Esta vida nunca está feita de antemão, mas é sempre um empenho, um caminho, uma luta para que ela aconteça em nossa existência.
É este engajamento na "vida cristã" que nos faz recordar e celebrar o Natal, pois celebrar e recordar significam ter renovada consciência da ''visita" de Deus e renovado compromisso de acolhê-la e recolocá-la no coração.
Natal é um evento que não é passado.
Natal é um evento que não é passado.
Ele tem sim uma face (a cronológica) ligada ao passado, ma ele vai além do cronológico: é doação livre e amorosa de uma presença que está além e é senhora do tempo: Deus.
Muito mais que cronológico, o Natal é histórico, isto é, presença permanente e eficaz do divino no humano, presença que molda pessoas, povos, culturas e civilizações.
Esta presença se doou na pessoa de Jesus Cristo, pessoa toda especial que se manifestou a nós como aquele que é humano como nós e divino como Deus, aquele que é ponto de partida e de chegada de toda a história.
Celebrar o Natal é celebrar com otimismo o fato de sermos seres humanos. É assumir o viver humano com um viver no qual é possível fazer uma história grande e nobre, divina. Este otimismo embutido no Natal talvez explique uma face surpreendente:
a alegria, uma alegria generalizada que contamina a todos, que podemos definir como espírito natalino!
É interessante observar que dizer "vida cristã" e "espírito natalino" é o mesmo, pois a palavra espírito significa aquela característica própria do ser humano de ter que viver conscientemente a vida que ele mesmo é, e natalino significa a vontade que isso aconteça em sintonia com o "advento" de Deus na existência humana por Jesus Cristo!
Por isso, "espírito natalino", para nós cristãos, é sempre uma busca, um se dispor novo ao encontro com Jesus Cristo e com seu santo Evangelho, encontro capaz de transformar aos poucos nossa existência, tornando-a de fato fonte mais capaz de bondade real e inteligente, mais atenta e sensível aos outros, mais sobriamente alegre e jovial.
A expressão "espírito natalino", como é usualmente empregada, talvez ainda seja eco do pouco que restou de uma
A expressão "espírito natalino", como é usualmente empregada, talvez ainda seja eco do pouco que restou de uma
herança única e preciosa.
E o aborrecimento e tédio que essa expressão provoca em não poucas pessoas talvez seja a saudade reprimida de um "advento" alvissareiro do qual a experiência religiosa
E o aborrecimento e tédio que essa expressão provoca em não poucas pessoas talvez seja a saudade reprimida de um "advento" alvissareiro do qual a experiência religiosa
e cristã tem consciência e é testemunha.
Por: Dom Fernando Mason
Bispo Diocesano de Piracicaba
http://www.catequisar.com.br/texto/materia/bispo/36.htm
Por: Dom Fernando Mason
Bispo Diocesano de Piracicaba
http://www.catequisar.com.br/texto/materia/bispo/36.htm
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Olá! Muito obrigada pela visita. A Paz de Jesus e o Amor de Maria!
Abraço fraterno,
Marisa