sexta-feira, 30 de novembro de 2012

A IMACULADA CONCEIÇÃO DE MARIA-


08 de Dezembro

Falar da Imaculada Conceição 
de Maria é falar de um mistério 
de eleição divina e de graça. 
Isto porque a total imunidade 
de Maria frente ao pecado original 
tem como ponto de partida seu filho Jesus Cristo.





As Escrituras nada falam de uma concepção imaculada da Santa Mãe de Deus, nem sequer falam do seu nascimento.
É o livro apócrifo Proto-evangelho de Tiago, conhecido também como Natividade de Maria (provavelmente escrito no final do século II), que narra a concepção e o nascimento da Virgem.
Os Santos Padres, sobretudo do Oriente, destacaram em seus ensinamentos a santidade de Maria e sua vida sem pecado, mesmo não discutindo a questão da concepção isenta do pecado original.

O grande desencadeador do movimento imaculista é osensus fidei que intuitivamente foi formando no coração das pessoas uma posição favorável a este privilégio mariano.
Nem todos os dogmas professados pela Igreja Católica possuem a mesma relação com a Escritura, pois alguns são uma transcrição direta, enquanto que outros representam um desenvolvimento da tradição neotestamentária, em posição menos direta.

O dogma da Imaculada Conceição não é uma repetição bíblica, muito menos uma nova Revelação, é um desenvolvimento homogêneo da fé em torno de Maria, que vai chegar à sua definição dogmática em 08 de dezembro de 1854, com a bula Inefabilis Deus, de Pio IX. 

Mas até se chegar à definição dogmática de 1854, muita controvérsia gerou esta intuição carismática.
Temia-se que com a afirmação da imunidade do pecado original de Maria se negasse o primado da redenção dada em Jesus Cristo, pois sendo Ele o único redentor, como poderia Maria ser redimida, antes da sua paixão e morte?
Soava heresia o fato de Maria ser concebida já redimida. 



Foi com o frade menor, beato João Duns Scotus, que a reflexão ganha maior clareza. 


Ele ensinou que o perfeito mediador não é apenas o que redime e restaura a ordem corrompida, mas, sobretudo aquele que previne o pecado. 





O que se deu em Maria foi uma pré-redenção, pois como perfeito intercessor e perfeito filho,
Jesus não deixou de obter uma pureza total para a sua mãe, dando-a, em seu primeiro instante, a salvação.
Ninguém antes de Scotus havia aplicado os méritos da paixão de Cristo a Maria de forma preservativa ou pré-redentora.

É mérito do Doutor Mariano a explicação de que o que se deu na concepção da Virgem não constitui uma exceção à universalidade da redenção de Cristo, mas um caso de perfeita e mais eficaz ação salvadora.

O conceito integral do dogma da Imaculada afirma que Maria foi plenamente agraciada por Deus (Lc 1, 28) desde o primeiro instante de seu ser. Esta graça fez com que nela jamais exista traço algum de inimizade com Deus, não incorrendo ao pecado original e nem qualquer outro tipo de pecado.



 Deus operou em sua serva um salto de qualidade, pois não houve uma remissão, uma purificação, uma libertação e nem uma justificação, mas sim uma total preservação de todo o pecado, incluindo o pecado original. 







Também é importante deixar claro que a preservação de Maria não é um premio devido aos seus méritos, mas um dom, um privilégio em virtude dos méritos de Cristo.
Em Maria, Jesus se mostrou o perfeitíssimo redentor, pois a redenção que recebemos Dele mediante sua paixão, morte e ressurreição, Maria o recebeu antecipadamente.

É a manifestação da total liberdade do agir divino na história, que não desrespeita e nem diminui a liberdade humana, mas a convida à sua plena realização. 


Frente à mentalidade iluminista desta fase da nossa história, o dogma mariano de Pio IX vem celebrar a absoluta gratuidade de Deus que se manifesta na inocência de Maria.

Portanto, a Imaculada Conceição de Maria é um sinal de amor trinitário, pois o dogma primeiramente proclama o amor gratuito de Deus Pai em suas escolhas, proclama a perfeição da redenção dada em Jesus Cristo e proclama a grandeza da ação santificadora do Espírito Santo. 



Em Maria encontramos o símbolo da nova humanidade, que liberta do pecado, e retornará ao frescor original da manhã criação. 


Frei Jonas Nogueira da Costa,ofm. 
http://clarissasfeiradesantana.blogspot.com.br/2011/12/imaculada-conceicao-de-maria.html

























terça-feira, 27 de novembro de 2012

Advento: "o Filho de Deus está para chegar!"






O advento 

é o tempo litúrgico que antecede o Natal.
São quatro semanas nas quais somos convidados 
a esperar Jesus que vem. 
Por isso é um tempo de preparação 
e de alegre espera do Senhor. 
Nas duas primeiras semanas do advento, 
a liturgia nos convida a vigiar e esperar 
a vinda gloriosa do Salvador. 
Nas duas últimas, lembrando a espera dos profetas e de Maria, 
nos preparamos mais especialmente para celebrar 
o nascimento de Jesus em Belém. 

COROA DO ADVENTO 

A Guirlanda ou Coroa do Advento é o primeiro anúncio do Natal. 
A guirlanda é sinal de esperança e vida, simboliza 
o amor de Deus que nos envolve, e também a manifestação 
do nosso amor, que espera ansioso 
o nascimento do Filho de Deus. 
A coroa comporta 4 velas nos seus cantos 
presas aos ramos formando um círculo. A cada domingo acende-se uma delas. 
Não há nenhuma norma para a cor das velas. 
Podem ser todas brancas ou de diversas cores. 
Em alguns lugares se usam as cores branca, verde, roxa e rosa. 
As velas querem representar as várias etapas da salvação. 
Abaixo apresentamos o significado de cada vela do advento.

lº Domingo: o perdão oferecido a Adão e Eva. 
Eles morreram na terra mas viverão em Deus 
2º domingo: a fé dos patriarcas. 
Eles acreditaram no dom da terra prometida.
3º domingo: a alegria do rei Davi. 
Ele celebrou a aliança e sua perpetuidade 
4º domingo: o ensinamento dos profetas: 
Eles anunciaram um Reino de paz e de justiça 
com a vinda do Messias. 

As velas acesas simbolizam nossa fé, nossa alegria. 
Todas devem estar acesas pelo Deus que vem. 




Deus, a grande luz!
O Filho de Deus está para chegar, 
então, nós O esperamos com luzes, 
porque O amamos 
e também queremos ser, 
como Ele, 
Luz. 





Feliz Advento! 


http://www.semprealegria.com/blog/natal-advento-2/ 



segunda-feira, 26 de novembro de 2012

ATIVIDADE PARA O MÊS DA BÍBLIA- uma Arca da aliança-

FIZEMOS ESTE MODELO DE ARCA...







  • Escolhi uma caixa de papelão firme e que já tinha tampa.
  • Forrei  tudo, por dentro e por fora, com papel crepon amarelo amassadinho, usando cola branca.
  • Usei dois pedaços de cano de PVC e fitas herman para prendê-los e fazer os varais. O acabamento das pontas fiz com EVA e fita crepe.
  • Do lado de dentro reforcei com pedaços de tampa plástica (de pote de margarina) junto às fitas herman.
  • Com duas bonecas tipo Barbie, dessas bem baratinhas, fiz os anjos modelando a posição de adoração esquentando com isqueiro os joelhos, braços e mãos.
  • Usei fitas herman e uma outra tampa de papelão para fixá-los na tampa da arca.
  • A roupa foi feita de crepon e os enfeites da lateral da tampa foram recortados de caixa de ovos.
  • As asas são de meia de seda.




  • Pintei tudo com tinta dourada Sprey.
  • Coloquei um tecido dourado no fundo, e usamos na Liturgia da missa para o Dia da Bíblia, com nosso grupo de adolescentes levando-a.
  • Estamos também usando esta Arca para ilustrar a história dos Dez Mandamentos e outras passagens do AT.









 Catequese S. Tarcísio-Paróquia N. S. do Rosário-Charqueada-SP
Setembro/2012


domingo, 25 de novembro de 2012

SOLENIDADE DE CRISTO REI-1


A Igreja encerra o Ano Litúrgico da Igreja com a festa

de Cristo Rei,
coroando toda essa jornada.
Cristo Rei foi uma das últimas celebrações instituída pelo Papa Pio XI, 


na época em que o mundo passava pelo pós-guerra
de 1917, marcado pelo fascismo na Itália,
pelo nazismo na Alemanha, pelo comunismo
na Rússia, pelo marxismo-ateu,
pela crise econômica, pelos governos ditatoriais
que solapavam toda a Europa,
pela perseguição religiosa, pelo liberalismo
e outros que levavam o mundo e o povo
a afastar-se de Deus, da religião e da fé, 
culminando com a 2ª Guerra Mundial                      
O Papa Pio XI instituiu essa festa
para que todas as coisas culminassem
na plenitude em Cristo Senhor, simbolizado
no que diz o Apocalipse:
”Eu sou o Alfa e o Ômega, Principio e Fim
de todas as coisas.” (Ap1, 8)
Ressalta a restauração e a reparação universal
realizada em Cristo Jesus,
Senhor da vida e da história.
Nessa festa, celebra-se também
nossa participação no Reino de Deus,
sob a condição de aderirmos à verdade
trazida por Jesus,
pela qual somos caminheiros
que se dirigem à Casa do Pai,
para participarmos da mesa do Reino
e de assumirmos o compromisso do Evangelho.

A celebração, fechando o Ano Litúrgico,
traz para nós cristãos a reflexão
em torno da vida de Jesus
que significa para nós a salvação,
onde impera no mundo o pecado.
Pilatos pergunta a Jesus se ele é rei,
e Ele responde que seu reino não é
deste mundo de injustiça, ódio, morte e dor.
Ele é rei do reino de seu Pai
que, como pastor, guia a sua Igreja
neste mundo para o reino celeste.
Por isso, fazer parte desse Reino
é fazer comunhão com Ele, transformar
o mundo em que vivemos.


Jesus Cristo é rei e pastor 
que nos leva ao Reino de Deus, que nos tira das trevas do erro
 e do pecado, que nos guia
 para a plena comunhão
 com o Pai pelo amor.
Jesus se revela como
“Caminho, Verdade e Vida” (Jo 14, 6)
para que possamos imitá-lo mesmo diante
de nossas fraquezas e medos, e morrer
com Ele para participarmos de sua vitória.
Olhando o nosso mundo, vemos o sofrimento
de tantos irmãos que trazem consigo a cruz de Cristo, 
como sinal de vitória e de redenção do mundo.

Mesmo diante das nossas aflições, dores, angustias
e injustiças, não podemos ser derrotados,
mesmo quando estivermos sozinhos,
quando nos sentimos abandonados
como os discípulos abandonaram Jesus.
Portanto a amargura não poderá tomar
conta de nosso coração.
Não podemos querer entender a Deus
em seu mistério, nem duvidar de seu amor
para com todos, mas acolher tudo
por amor a Deus, como festa
de um grande banquete
do qual um dia participaremos na eternidade.

Bem-aventurados aqueles que sofrem,
são perseguidos e padecem
todo tipo de injustiças,
pois como servo bom e fiel,
um dia será acolhido
por Jesus na mesa do Reino,
e será bendito;
E Ele passando servirá aqueles que souberam
viver a justiça, a caridade
 e fazer o bem na vida dos irmãos.
É a grande promessa de Jesus para nós,
filhos benditos do Pai:
sua realeza não é deste mundo,
por isso devemos anunciar a verdade
libertando os homens do pecado, dando-lhes
uma verdadeira conversão do coração.
Jesus é a testemunha fiel da verdade,
isto é , seu desígnio de salvação do mundo.
Veio revelar com a própria vida
o grande sacrifício da cruz,
da sua paixão e morte por amor.
Nessa mesma cruz pela qual Ele atrairá
todos ao seu coração.
Tudo por amor, fonte primeira
de união com Deus.
Ele desfaz as injustiças em liberdade,
tornando grande o sacerdócio
do povo santo de Deus em que
cada um se santifica no mundo.
Ser cristão é construir o Reino de Cristo
no mundo através do serviço gratuito, fraterno
e humilde, deixando-se levar a fazer a vontade do Pai.
Você está disposto a fazer acontecer o Reino?
De que maneira?
Junto com a solenidade de Cristo Rei,
celebra-se o Dia do Leigo e da Leiga,
que possuem uma vocação especial,
muitas vezes esquecida.
Ser leigo e leiga
no mundo de hoje é um desafio.

Os cristãos leigos ocupam diversos serviços
na vida da Igreja e assumem
uma vocação particular de constituir família
e ser testemunho no meio dos outros,
como pedras vivas da Igreja e
trabalhadores do Reino de Cristo-Rei.


Padre José Cipriano Ramos Filho é pároco da Paróquia São José,
em Santa Bárbara D’Oeste-SP
http://www.catequisar.com.br/texto/materia/celebracoes/cristorei/11.htm
Ilustações:http://www.amiguinhosdedeus.com/2012/11/cristo-rei-para-colorir.html

sexta-feira, 23 de novembro de 2012

OS SEIS SENTIDOS DO CATEQUISTA


OS SEIS SENTIDOS DO CATEQUISTA

Por: FERNANDO LOPES
Arquidiocese de Cuiabá - MT
Coord.Pastoral da Catequese / Ministro Extraordinário da Palavra de Deus / Ministro Extraordinário da Comunhão Eucarística
Email: fernando9183@gmail.com


VISÃO: A grande essência da visão que eu proponho está exatamente naquilo que quase ninguém consegue ver. Enxergar com os olhos de Deus é o grande segredo para nós catequistas, conseguir ver o seu catequizando com olhos divinos lhe dará a chance de ver o que ele esconde, de ver o que ele quer te dizer, mas não consegue.

AUDIÇÃO: Ouvir também é catequizar, ouvir é estar a serviço daquele que precisa de alguém para desabafar, colocar pra fora aquilo que o aflige, que atormenta e que corrompe. Quantas vezes nós não queríamos somente uma pessoa para ouvir os nossos problemas?

OLFATO: Diz um provérbio chinês que fica sempre um pouco de perfume nas mãos de quem colhe flores! Pois bem, o perfume do evangelho deve exalar dos nossos poros, da nossa vida, das nossas experiências, da nossa boca, do suor do dia-dia que a cruz nos faz transpirar. As pessoas devem saber, pelo nosso cheiro, que somos jardineiros do céu!

PALADAR: .Qual o seu gosto? Você é aquele catequista sem graça, sem gosto, insosso, sem importância, ou eu sou aquele catequista salgado demais, insuportável, que deixa a gente fazendo cara feia? Qual o gosto dos seus catequizandos, que gosto os agrada, que gosto ele querem provar? Você já conseguiu experimentar com seus catequizandos o gosto do Reino de Deus, o gosto do céu? 

TATO: O Tato está ligado ao maior órgão do corpo, a pele! E nunca conseguimos nos imaginar vivendo sem o tato. Talvez você conheça alguém que não enxergue, que não ouça, que não sinta cheiro, mas que não tenha tato é muito raro. 
O catequista precisa, pela sua sensibilidade, ter um olhar diferente, um toque diferente, um falar diferente, um sentir diferente. E mais, é pela sensibilidade que se entende os sacramentos, por que sacramento é sinal sensível da graça de Deus e é só por meio de uma sensibilidade, também humana, que se pode vivenciar os sacramentos.

O SEXTO SENTIDO: Chegamos enfim, no último sentido dos catequistas. Esse não é um sentido humano, é espiritual. Ou melhor, é o sentido que nos leva ao espiritual. 
O sexto sentido é a TRANSCENDÊNCIA. 
É o poder de nos elevarmos, de chegarmos a Deus, é o que nos faz distinguir dos outros seres da terra. O poder de sermos divinos, como imagem e semelhança de Deus. É a capacidade que temos de nos encontrarmos com Deus e assim, VER, OUVIR, SENTIR, CHEIRAR e PROVAR DEUS. 

Só é permitido ter os outros sentidos humanos já colocados aqui nessa reflexão se pudermos transcender até Deus. Quando o padre diz na missa: “CORAÇÕES AO ALTO!”, nós respondemos: “O NOSSO CORAÇÃO ESTÁ EM DEUS!”, ou seja, estamos dizendo que estamos elevando nosso coração até o céu, até o divino, onde se encontra Deus.
 
Transcender é preciso, o catequista que não transcende não consegue conjugar a inspiração do céu com a transpiração do dia-dia. E o grande motor, que nos faz transcender é a FÉ!
Dessa forma, somente pela fé é que conseguimos nos elevar, viver em graça, viver o céu aqui na terra e sermos sal, fermento e luz para os nossos catequizandos.

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